Pizzaria de um sabor só fatura mais de R$ 200 mil por mês em Brasília: ‘Até governador come em pé’

Enildo Veríssimo Gomes conta segredo de sucesso do empreendimento de mais de 60 anos, que, atualmente, conta com 5 unidades

Quando Brasília ainda se parecia um canteiro de obras, um jovem mineiro se mudou para lá em busca da tão prometida prosperidade que a nova capital do Brasil traria. E encontrou. Hoje, com 79 anos, seu Enildo Veríssimo Gomes é quase uma celebridade na região. Fez fama, porém, de uma maneira inusitada: vendendo fatias de pizza de um único sabor, que os clientes comem em pé.

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“Muita gente liga de fora: ‘Como é que você consegue fazer um sabor só e não tem mesa, não tem cadeira para sentar, fica em pé?’. Falei assim, aqui não pode demorar muito, não. Se demorar, atrapalha”, conta, aos risos.

Apesar da brincadeira, a verdade é que quem vai à Pizzaria Dom Bosco é muito bem tratado: como bom mineiro, Enildo sempre oferece dois dedinhos de prosa. Mesmo com a idade avançada, ele ainda se mantém à frente do negócio, sempre prezando pela qualidade.

A característica, inclusive, é citada por Enildo como o que faz a pizza de um sabor só ser um sucesso. “Manter o padrão e a qualidade é muito difícil”, afirma.Mas se fosse dar uma fórmula do porquê o seu negócio ter prosperado por tantos anos e de uma forma tão singular, ele não saberia dizer. “É um negócio de Deus. Foi tudo com muita boa vontade, com muito carinho”, diz.

Como surgiu a pizza de um sabor
Basta bater o olho na pizza de seu Enildo que já é possível notar algo de diferente. Em vez de vir o queijo por cima, como é comum, ele escolheu inverter a ordem dos fatores, dando um resultado ainda mais apetitoso.

A ideia surgiu lá atrás, naquela época em que Brasília “ainda era mato”, como ele mesmo diz. Enildo usava o seu espaço como lanchonete, mas, tendo trabalhado antes em uma pizzaria em Minas Gerais, decidiu colocar pizzas para vender no balcão. Mas as de presunto e calabresa logo ressecavam na vitrine. “Fica feia”, considera seu Enildo.

Para resolver a questão estética, decidiu focar na pizza de muçarela e colocar o molho de tomate por cima, para não ficar com aspecto de borrachuda. “Eu ponho o molho por cima, então fica vermelhinho, né? Você encontra o queijo derretendo, o molho escorrendo. É uma tentação”, afirma.Mais de 60 anos se passaram e seu Enildo continua no mesmo ponto. Ainda vende salgados e conta ter um faturamento médio mensal de mais de R$ 200 mil na sua loja. Deputados, senadores, governador, de direita ou de esquerda, todos frequentam sua pizzaria e comem em pé.

“O governador gosta de comer dupla, faz um sanduíche”, conta Enildo, explicando que dá para sobrepor duas fatias de pizza e comer juntas.

Mas quem quer experimentar o sabor da pizza Dom Bosco e demorar no local, hoje tem mais cinco opções além do tradicional ponto mantido por Enildo. Sua esposa, Valéria, abriu uma unidade há três anos, com mesas para sentar, cafezinho e bolo. As outras unidades também são mantidas pela família de Enildo.

Fonte: Terra

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