Brasileiros se destacam no retorno do Ironman 70.3 a Brasília

Miguel Hidalgo, 10º colocado nas Olimpíadas de Paris-2024, foi o vencedor no masculino com tempo de 3:31:43 e garantiu vaga no mundial, assim como Djenyfer Arnold, primeira do feminino com 4:01:32

Os homens e mulheres de aço foram coroados neste domingo (13/4), em Brasília, no retorno do Ironman 70.3 à cidade após dez anos. Foram 1,9 km de natação no Lago Paranoá, 90 km de ciclismo pela Esplanada dos Ministérios e pela Ponte JK até o percurso final de 21,1 km de corrida na Península dos Ministros. O destaque foi todo dos brasileiros no profissional, com Miguel Hidalgo campeão no masculino e Djenyfer Arnold no feminino.
A prova marcou o início do calendário de 2025 da competição e a volta do Distrito Federal à programação da modalidade. Considerada uma das capitais do triathlon, por ter locais abertos propícios para nadar, pedalar e correr, a cidade sediou a primeira edição do Ironman 70.3 no Brasil, em 2006, e foi confirmada para receber outra etapa no ano que vem. Foram 1.600 atletas participantes, entre profissionais e amadores, valendo vaga para o Mundial de Marbella, na Espanha, em novembro.

A largada da elite masculina foi no começo da manhã, às 6h30, com 28 triatletas. Depois do percurso completo de 113 km pelos cartões postais do quadradinho, o primeiro a cruzar a linha de chegada entre os homens foi Miguel Hidalgo, com tempo de 3:31:43, recorde da competição em solo candango. O brasileiro, inclusive, é dono da melhor colocação de um sul-americano nas Olimpíadas, com o 10º lugar em Paris-2024. Ele ficou na frente do francês Casimir Moine e do argentino Luciano Taccone, que completaram o pódio, mas apenas os dois melhores se garantiram no Mundial.

“Estou muito feliz com a minha performance, principalmente no pedal. Cometi alguns erros na prova, cai no início da bicicleta, mas o objetivo foi cumprido, de ganhar a vaga para o Mundial. Foi muito especial por ser aqui em Brasília, a torcida no Brasil é muito calorosa e é muito legal ver tanta gente assistindo”, contou Hidalgo ao Correio.

O feminino foi dominado por Djenyfer Arnold. Atleta olímpica em Paris-2024, a catarinense de 32 anos liderou desde o início, deixou as adversárias para trás e cruzou a linha de chegada com 4:01:32. O desempenho da brasileira foi tão superior ao das 13 outras competidoras que a segunda colocada, a turca Sinem Francisca Tous Servera, chegou apenas 14 minutos depois. O terceiro lugar foi de Pietra Meneghini, também do Brasil.

“Eu estava com medo do percurso, porque eu não conhecia, mas foi incrível. Brasília é um berço do triathlon, é a capital. Foi um percurso lindo e muito bem organizado que foi fácil fazer força. Eu entrei na prova querendo muito a vitória, mas com o pé atrás por não saber muito bem como seria e estou surpresa com esse tempo, não esperava. É ótimo, dá confiança para o futuro”, compartilhou Djenyfer.

Volta para casa

Independente do resultado, o Ironman 70.3 ficou marcado por ser a volta da competição ao Distrito Federal. Em meio aos 1.600 triatletas, 200 eram de Brasília, também competindo por vagas no Mundial entre os amadores.

“É magnífico ter uma prova desse nível em Brasília, a cidade merece e o esporte merece. A comunidade toda junto, gente de vários países vindo para cá, só tem a engrandecer a capital do nosso país. O dia estava lindo, o lago estava uma piscina, o percurso muito bom, rápido e sem buraco. É um dos circuitos mais bonitos do mundo“, disse Diego Rodrigues, morador de Águas Claras.

Até quem veio de fora se encantou com o quadradinho, como o caso do paulista Rodrigo Lobo, que ficou próximo ao top-10 no amador.

“Que prova maravilhosa, em uma cidade acolhedora demais. A natação nesse lago é perfeita, vendo o sol subindo, é energizante. Passamos por todos os pontos turísticos, que lindo. É uma etapa que veio para ficar por mais 10 ou 20 anos. Obrigado Brasília por nos acolher, ainda mais onde tudo começou”, acrescentou.

Fonte: Correio Braziliense

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