Hortoterapia vira ferramenta de cuidado e inclusão no Centro de Convivência do Idoso de Santa Maria
Projeto incentiva práticas sustentáveis e fortalece o envelhecimento ativo; GDF investiu R$ 1,3 milhão para adaptar o espaço às normas de acessibilidade
A hortoterapia agora integra as atividades do Centro de Convivência do Idoso (CCI) de Santa Maria e oferece aos participantes muito mais do que o simples cultivo de plantas. Cerca de 25 pessoas com 60 anos ou mais participam da oficina, realizada duas vezes por semana, toda terça, às 10h, e às quintas-feiras, às 14h. A proposta utiliza práticas como jardinagem, cultivo de hortaliças e ervas medicinais como estratégia terapêutica para melhorar a saúde física, o bem-estar emocional e a interação social.
Além da hortoterapia, o CCI oferece aulas de canto coral, alfabetização para idosos, oficinas de crochê, tricô e artesanato. Às sextas-feiras, promove o forró livre, que reúne cerca de 160 idosos semanalmente. Segundo o administrador regional, Josiel França, o projeto de hortoterapia tem um papel fundamental na vida da comunidade, especialmente dos idosos.
“Nós reformamos e construímos essa estrutura justamente para isso, para atender nossos queridos idosos. As atividades são pensadas com base no que eles mesmos pedem. A partir daí, a gente corre atrás dos materiais, dos adubos, das plantas. E quem executa tudo são eles. É uma forma de se distraírem, de interagirem entre si, de saírem de casa, criarem vínculos de amizade com outros idosos e também com os professores”, afirma.
Os benefícios da oficina são múltiplos: melhora na atividade motora, redução do estresse e da ansiedade, fortalecimento da autoestima e criação de laços entre os participantes, que trocam experiências e aprendizados durante as atividades. “A principal mudança é a alegria no olhar. Eu comentei com elas mais cedo que percebo algo diferente, e é isso: felicidade, vontade de viver”, destaca a diretora do CCI, Lívia Ribeiro.
Fonte: Agência Brasília