Com produção aquecida em Brazlândia, começa a temporada de morangos no Distrito Federal

Expectativa é de produção igual ou maior que em 2024, quando foram colhidas 6.616 toneladas

Responsável por mais de 90% da produção de morangos do Distrito Federal, Brazlândia reúne quase 600 produtores da fruta. Neste ano, a expectativa é de uma safra igual ou maior que a de 2024, quando a produção no DF chegou a 6.616 toneladas. Desse total, 5.174,62 toneladas foram produzidas na região administrativa.

Embora já estejam ocorrendo colheitas, o ponto alto da safra é entre agosto e setembro. O período ainda pode se estender até dezembro em algumas áreas mais frias do DF. Segundo o agrônomo Claudinei Machado, extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), o clima mais favorável previsto para este ano deve ajudar a manter a produtividade. “Estamos esperando uma produção tão boa quanto no ano passado”, afirma.

O especialista explica que a Emater ajuda os produtores desde a implantação da cultura até a comercialização que movimenta cerca de R$ 220 milhões por ano. “Indicamos quais são as variedades de muda que o produtor deve plantar de acordo com as características de propriedade. Depois, auxiliamos na nutrição das plantas. Orientamos que seja mantido o equilíbrio entre os nutrientes para que a produção seja mais equilibrada e saudável”, acrescenta. As espécies mais cultivadas no Distrito Federal são Camarosa, San Andreas, Portola, Festival, Camino Real, Sabrina e Alpina 10.

Agricultura familiar e aumento da renda

Há 35 anos em Brazlândia, o produtor rural Marcos Almeida cultiva morangos há 10 anos. Ele conta que decidiu investir no cultivo pela boa produtividade sem a necessidade de grandes áreas de plantio. Com isso, ele consegue trabalhar apenas ao lado da esposa, Dilza Andrade. “A gente usa mão de obra familiar e colhe muito numa área pequena”, explica. “Neste ano, mudei de variedade com a expectativa de colher um pouco mais. Mais ou menos um uma caixa, uma caixa e meia por planta”, estima.

Enquanto Marcos entra na lavoura, Dilza seleciona e embala as frutas. “Tem que ter capricho. Os que não estão perfeitos eu congelo e uso em casa”, conta Dilza.

Fonte: Agência Brasília