Por que visão fatalista sobre o câncer pode prejudicar a saúde

Quando Leonora Argate encontrou um caroço no seio, ela primeiro sentiu medo.

Câncer aparentemente não tem cura, certo?”, pensou ela.

Argate, que é avó e tem 64 anos, divide sua casa com outras nove pessoas e uma sári-sári (uma pequena loja de conveniências) na cidade de Taguig, nas Filipinas.

Ela relutou em ir a um centro de saúde para confirmar o que já suspeitava.

Argate só concordou em fazer o exame quase um mês depois. E, após receber o diagnóstico de câncer de mama, ela não compareceu à consulta pré-cirurgia.

“Eu realmente não quis o tratamento porque estava com medo”, explica ela.

Sua prima já havia morrido de câncer, mesmo depois da intervenção cirúrgica.

A vizinha de Argate também havia tido câncer e a indicou para um “navegador de pacientes”.

Os navegadores de pacientes são assistentes sociais ou de saúde que orientam os pacientes ao longo das diversas etapas de tratamento de saúde. Eles podem indicar os pacientes para que recebam apoio financeiro e de transporte.

Em Taguig, existe um programa de navegadores de pacientes para pessoas com câncer de mama. É uma parceria entre as autoridades de saúde e a Fundação iCanServe, especializada nesse tipo de câncer.

A doença de Argate passou por diversos estágios. Mas, depois da cirurgia, quimioterapia e medicação, o câncer agora está em remissão.

Essas mudanças físicas foram acompanhadas por alterações na forma de Argate pensar sobre a doença.

Inicialmente, ela se sentia sem esperança, como ocorre com muitas pessoas, em todo o mundo.

Psicólogos, profissionais de saúde e outros especialistas vêm estudando este fenômeno, conhecido como fatalismo, para compreender por que ele é tão frequente.

Eles pretendem ajudar as pessoas a agir com mais rapidez no combate à doença. E a esperança é que, um dia, estas pesquisas possam salvar vidas.

Leia a matéria completa em BBC.

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