Povo quilombola ocupou Brasília antes da chegada de JK e ajudou a erguer capital; entenda e veja FOTOS
Parte do território do Quilombo Mesquita, formado há 278 anos, se encontrava dentro do quadrilátero do DF antes da construção da capital do país. Pesquisadoras e líder comunitário apontam ‘invisibilização da história’.
Você sabia que, antes da chegada de Juscelino Kubitschek, uma comunidade quilombola ocupava parte do território onde foi construída a capital do país? O Quilombo Mesquita, formado há cerca de 270 anos, resistiu ao longo do tempo e hoje luta por preservação de identidade, a 45 km do centro de Brasília (veja galeria de fotos abaixo).
Além de ceder terras, o povo de Mesquita também ajudou a erguer Brasília com mão de obra e suprimentos. “Com a construção de Brasília e a instalação de fazendas modernas, Mesquita foi abordada com oferta de capital em troca do trabalho, ao mesmo tempo que chegava um novo mercado competitivo. Assim, para dar suporte à construção, necessitou-se da mão de obra, de produtos, de uso do território”, conta a pesquisadora.
👉🏿 Quilombola é um termo usado para identificar aqueles “remanescentes de comunidades dos quilombos”. Os quilombos eram espaços de liberdade e resistência criados para abrigar pessoas escravizadas.
Para o fotógrafo Wallison Braga, de 27 anos, líder comunitário no Quilombo Mesquita e membro da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), a história do seu povo foi tirada da narrativa da construção de Brasília.
“Meu bisavô contava que eles levavam o gado para pastar no terreno onde hoje é a Esplanada dos Ministérios. […] A primeira comunidade a acolher Juscelino [Kubitschek] foi o Quilombo Mesquita. O Catetinho, que foi uma das primeiras construções, tem mãos quilombolas”, diz Wallison.
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