Saúde lança plano distrital para eliminar transmissão de doenças de mãe para filho

Documento fortalece ações de prevenção e monitoramento de Doença de Chagas, HTLV e sífilis em gestantes e recém-nascidos

A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou, nesta terça-feira (5), o Plano Distrital de Eliminação da Transmissão Vertical da Doença de Chagas, sífilis e infecção pelo vírus-T linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV) . O documento estabelece ações de prevenção e monitoramento planejadas para o período de 2025 a 2030. O objetivo é erradicar, no Distrito Federal, a transmissão dessas enfermidades da mãe para o filho.

O lançamento do plano ocorreu durante o 3º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical e o 4º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024, no auditório do Hotel Brasília Imperial, na Asa Sul. “Estamos apresentando resultados que demonstram avanços no atendimento materno-infantil e os impactos positivos da parceria entre assistência e vigilância”, avaliou o secretário-adjunto de Assistência à Saúde (SAA), Lucimir Henrique Maia.

Outro destaque do evento foi o lançamento do painel de monitoramento da sífilis congênita já disponível no portal InfoSaúde-DF. O intuito é acompanhar o plano e as ações de vigilância.

Ocorrências no DF

Entre 2019 e 2023, por exemplo, a SES-DF registrou quase 5 mil casos de sífilis em gestantes e 1,6 mil de sífilis congênita em bebês menores de um ano. Com o novo plano, a rede pretende fortalecer o pré-natal e o acompanhamento de crianças expostas à doença. “Cuidar de mulheres e de pessoas que gestam é um marcador de desenvolvimento social, pois demonstra nosso empenho em construir uma rede de apoio inclusiva e fortalecida”, ressaltou a presidente do Comitê Central de Investigação da Transmissão Vertical, Daniela Magalhães.

A elaboração do documento envolveu equipes das Subsecretarias de Vigilância à Saúde (SVS) e de Atenção Integral à Saúde (Sais) e está fundamentada em cinco eixos principais: gestão; programas e serviços; capacidade diagnóstica e qualidade dos testes; vigilância epidemiológica e qualidade de dados; e direitos humanos, igualdade de gênero e participação comunitária.

Um dos maiores desafios, segundo Magalhães, foi criar uma estrutura clara e prática que fosse compreensível tanto à população quanto aos trabalhadores da saúde. A previsão é que o plano seja implementado em 2026.

Fonte: Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação

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