Na Guatemala deputados processam juiz Curruchiche por ações contra o Presidente Arévalo
Curruchiche é acusado pelos deputados do Semilla de ter cometido delitos de infração de privilégio, abuso de autoridade e negação de justiça ao solicitar a investigação do presidente Arévalo.
Nesta quinta-feira, 22 de agosto, deputados do partido suspenso Movimiento Semilla deram uma coletiva de imprensa na qual indicaram que tomaram medidas legais contra o chefe da Fiscalia Especial contra a Impunidade (FECI) do Ministério Público (MP), Rafael Curruchiche.
O deputado Samuel Pérez explicou que apresentaram ao tribunal uma queixa contra Curruchiche pelos crimes de infração de privilégio, abuso de autoridade e negação de justiça.
Segundo Pérez, a ação deve-se ao pedido de retirada de imunidade apresentado pela Feci contra o presidente Bernardo Arévalo.
Pérez indicou que, “apesar de saber que o presidente Arévalo goza do direito de imunidade, o MP apresentou um caso contra o mandatário”.
Ele acrescentou que as ações interpostas pelo MP fazem parte de um caso “medíocre”, sustentado por “capturas de tela” e indícios que foram obtidos de “maneira ilegal”.
Ele acusou o MP de ser um grupo “criminoso” que conduz a investigação penal na Guatemala e que suas autoridades demonstraram “mediocridade e desespero” com o novo caso apresentado.
Além disso, considerou “patética” a tentativa do MP de vincular Arévalo ao caso B 410, apresentado pela Superintendência de Administração Tributária (SAT).
Em relação aos possíveis avanços da queixa nos tribunais de justiça, Pérez disse que “o sistema de justiça está prestes a mudar” e que é necessário “deixar precedentes das ilegalidades contra funcionários e outros guatemaltecos”.
O caso
Na quarta-feira, 21 de agosto, a Feci apresentou um caso sobre um suposto mecanismo de pagamentos ilegais no Ministério das Comunicações, Infraestrutura e Habitação, no qual acusou o presidente Arévalo de ter cometido ilegalidades.
Segundo o MP, Arévalo teria incorrido em pelo menos três crimes ao pedir à ex-ministra Jazmín de la Vega que seguisse uma lista de pagamentos para contratados nesse ministério.
A ministra De la Vega foi destituída por Arévalo por não ter atendido a instrução, e uma chamada telefônica foi divulgada na qual se ouve a suposta conversa entre o presidente e a ex-funcionária.
O MP afirma que De la Vega não tinha por que seguir as instruções de Arévalo e que o mandatário teria incorrido em crimes ao ter ordenado pagamentos a empresas acusadas de irregularidades.
Fonte: Prensa Libre Guatemala